Carf suspende casos bilionários sobre lucros no exterior e frustra tributaristas

Por Beatriz Olivon Tributaristas lamentaram um pedido de vista na tarde de hoje, na 1ª Turma da Câmara Superior do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). A expectativa era ver aplicada a recente jurisprudência favorável à tese que afasta a tributação de lucros no exterior – um tema bilionário para algumas grandes empresas. O pedido de vista suspendeu vários processos que tratavam do assunto. Só a Petrobras tinha duas autuações fiscais, para os anos de 2011 e 2012, que somavam R$ 5,4 bilhões. No total de processos sobre o tema, a Petrobras indica que o impacto da tese chega a R$ 21,55 bilhões. Outro processo suspenso na tarde de hoje, da ArcelorMittal, trata de autuação de R$ 1,25 bilhão – mas parte da cobrança se refere a ágio, que foi julgada e afastada. A parte sobre lucros no exterior ficou suspensa. O tema é acompanhado de perto por contribuintes e seus advogados. É uma tese que costumavam perder no Carf e passaram a ganhar no segundo semestre. “Paraíso fiscal é o Brasil” O pedido de vista foi solicitado pelo conselheiro Guilherme Adolfo dos Santos Mendes, representante da Fazenda. No primeiro caso que seria julgado, envolvendo a Mosaic Fertilizantes P&K, seis conselheiros chegaram a votar – três representantes da Fazenda para manter as autuações e três representantes dos contribuintes para cancelar. Os contribuintes não precisam do voto do conselheiro para manter o entendimento favorável, que teve a maioria formada a partir do voto do presidente, Carlos Henrique de Oliveira. Contudo, tem tido pressa para aproveitar a jurisprudência favorável, já que ela depende de dois fatores: que Oliveira siga no cargo de presidente, por ter entendimento favorável aos contribuintes na tese e que seja mantido o atual formato de desempate dos julgamentos, favorável aos contribuintes. Nesse tipo de tese, era comum que representantes da Fazenda votassem para manter a autuação e, dos contribuintes para cancelar. No antigo voto de qualidade, prevalecia o entendimento favorável à Fazenda. Agora, além de o desempate ser favorável aos contribuintes, há o voto do presidente formando maioria a favor. Na sessão, Mendes se disse inclinado a acompanhar o voto a favor dos contribuintes, mas manifestou dúvida sobre a tese. O conselheiro citou que algumas questões deveriam ser resolvidas por meio de lei e que, hoje, “paraíso fiscal é o Brasil” pela tributação da renda. De acordo com o conselheiro, há vários setores econômicos no Brasil pagando menos de 15% sobre renda. “Nós somos um paraíso fiscal na renda, mas cumpre ao legislador revisar isso, não propriamente ao aplicador da lei, ainda mais que essa é a regra do jogo”, afirmou. O conselheiro já votou o tema quando estava nas turmas baixas, uma espécie de primeira instância do Carf. Na época, votava a favor da Fazenda. Contudo, por chegar em um colegiado em que prevalece entendimento contrário, resolveu pedir vista para analisar melhor o assunto. Para Mendes, é necessário analisar o assunto tendo em vista a bitributação – e se ela, de fato, pode ocorrer nessa situação.

Fonte: Valor Econômico

Data da Notícia: 11/11/2022 00:00:00

Gostou do notícia? Compartilhe em suas redes sociais

dafabet

iplwin

iplwin login

iplwin app

ipl win

depo 25 bonus

slot deposit pulsa

1win login

indibet login

bc game download

10cric login

fun88 login

rummy joy app

rummy mate app

yono rummy app

rummy star app

rummy best app

iplwin login

iplwin login

dafabet app

https://rs7ludo.com/

dafabet

dafabet

crazy time A

crazy time A