Setor têxtil quer desoneração

Fátima Lourenço

A indústria têxtil e de confecção defende que, com a entrada do Supersimples, é preciso haver um processo radical de desoneração que beneficie todo o setor. “Não podemos amarrar a confecção brasileira”, disse ontem o diretor superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), Fernando Pimentel, na abertura da 8ª edição da Texfair do Brasil, realizada em Blumenau (SC).
Ele defendeu uma “desoneração radical”, nos moldes do Simples, extensiva a todos os portes de empresas. Respondendo à questão de que isso também beneficiaria as grandes indústrias, Pimentel argumentou que 90% das empresas do setor têxtil são de pequeno porte e, para se enquadrar nos benefícios do Sim-ples, elas acabam fugindo do crescimento, se desmembrando, e perdendo em escala e em capacidade de gestão.

O diretor da Abit propôs que a “desoneração radical” aconteça por um período de cinco anos. Ele sustentou que, sem a carga tributária, o setor poderá gerar 1 milhão de novos empregos. Pimentel informou também que a Abit coordena um “projeto estruturante”, que discute as questões que afligem o setor, envolvendo toda a cadeia produtiva.

Ampliação – O primeiro dia da Texfair do Brasil foi marcado também pelo lançamento da Feira Internacional de Materiais para a Indústria Têxtil e de Confecção (Fematex), com a primeira edição agendada para ocorrer em março de 2008, também em Blumenau. A Texfair se realiza no Parque Vila Germânia, até a próxima sexta-feira, com apresentação de novidades e tendências do segmento de cama, mesa e banho, tecidos para decoração e moda da indústria de vestuário para lojistas de todo o País. O evento é promovido pela Expovest.

A oitava Texfair contabilizou ontem, em sua abertura, 9.190 visitantes, incluindo lojistas de 14 países. Vieram profissionais da Argentina, Bolívia, Canadá, Chile, Colômbia e Estados Unidos. O projeto da nova Feira Internacional de Materiais para a Indústria Têxtil e de Confecção (Fematex) foi apresentado à imprensa pelo presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex), Ulrich Kuhn.

Tamanho –Segundo dados da Abit, o setor têxtil e de confecção, por ano, fatura cerca de US$ 34 bilhões, emprega 1,6 milhão de pessoas, exporta US$ 2,2 bilhões (para mais de 120 países) e investe US$ 1 bilhão ao ano em tecnologia e equipamentos. O presidente da Abit prevê que as exportações do setor se mantenham estáveis e que as importações cresçam, da casa dos US$ 2,2 bilhões de 2006, para cerca de US$ 3 bilhões.

Fonte: Diário do Comércio

Data da Notícia: 30/05/2007 00:00:00

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