Prazo dos impostos gera perdas de 5%
Pequenas e médias empresas são obrigadas a recorrer a empréstimo bancário para pagar tributos. Uma pesquisa da RCS Auditoria e Consultoria com mais de 130 empresas mostra que 71% das pequenas e médias companhias se utilizam de descontos antecipados de duplicatas ou empréstimos para honrar suas obrigações tributárias. Segundo o coordenador da enquete, realizada entre dezembro de 2006 e janeiro deste ano, Raul Corrêa da Silva, isso ocorre porque o empresário paga imposto antes de receber pelas vendas. “O prazo de recolhimento é de 30 dias e o tempo de recebimento das vendas é, em média, de 46 dias”, explica. “O descompasso entre o recebimento e o pagamento de impostos provoca prejuízo de até 5% para as empresas”, complementa o advogado. O alto custo financeiro para as pequenas e médias empresas, na opinião do Raul Corrêa da Silva, leva a grande maioria para informalidade. “É por isso que defendo uma reforma tributária. A criação do Supersimples foi um alento, mas é preciso mais”, alerta.
A sondagem mostrou ainda que 54,2% dos entrevistados apontam o ICMS como o imposto mais oneroso para as empresas. O PIS e a Cofins, na opinião de 43% dos entrevistados, são os tributos que mais sobrecarrega as pequenas é médias companhias. Na terceira posição está o IPI, onde 13,5% acreditam que seja o imposto mais oneroso.
A advogada Ana Claudia Queiroz, do escritório Maluly Jr Advogados, ressalta que é necessário que as pequenas e médias empresas façam planejamentos para não permanecer no “ciclo vicioso de empréstimos e descontos”. A posição da advogada coincide com a de Raul Corrêa, que estimula os pequenos e médios empresários a adotarem, quando entrar em vigor, o Supersimples. “É eficaz e reduz a dependência financeira, além de evitar a fuga para a ilegalidade”, diz o advogado.
Em meados de 2006, a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) lançou um estudo que mostrava a preocupação do empresariado nacional em relação a tributação sobre o setor produtivo, especialmente em relação à contribuições como o PIS e a Cofins.
A professora do Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (IBET), Fabiana Del Padre Tomé, diz que o ICMS, PIS e Cofins são os impostos mais fortes em arrecadação e, para País o crescer, é necessário uma revisão tributária. Entretanto, na opinião da professora “como a União não sinaliza por mudanças é necessário que pequenas e médias empresas trabalhem melhor o fluxo de caixa. “A implementação do fluxo de caixa com no mínimo 60 dias de despesas previstas é fator mais que primordial para que uma companhia possa enfrentar a alta carga tributária”, ressalta Fabiana Tomé.
A tributação brasileira onera, segundo a professora do IBET, por demais alguns e permite que outros, como as pequenas e médias empresas, não suportem ônus tributário algum. “Os impostos incidem mais sobre o setor produtivo e de forma antieconômica porque tem inúmeros tributos desnecessários e complexos”, completa.
(Gazeta Mercantil/Caderno A – Pág. 14)(Wallace Nunes)
A sondagem mostrou ainda que 54,2% dos entrevistados apontam o ICMS como o imposto mais oneroso para as empresas. O PIS e a Cofins, na opinião de 43% dos entrevistados, são os tributos que mais sobrecarrega as pequenas é médias companhias. Na terceira posição está o IPI, onde 13,5% acreditam que seja o imposto mais oneroso.
A advogada Ana Claudia Queiroz, do escritório Maluly Jr Advogados, ressalta que é necessário que as pequenas e médias empresas façam planejamentos para não permanecer no “ciclo vicioso de empréstimos e descontos”. A posição da advogada coincide com a de Raul Corrêa, que estimula os pequenos e médios empresários a adotarem, quando entrar em vigor, o Supersimples. “É eficaz e reduz a dependência financeira, além de evitar a fuga para a ilegalidade”, diz o advogado.
Em meados de 2006, a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) lançou um estudo que mostrava a preocupação do empresariado nacional em relação a tributação sobre o setor produtivo, especialmente em relação à contribuições como o PIS e a Cofins.
A professora do Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (IBET), Fabiana Del Padre Tomé, diz que o ICMS, PIS e Cofins são os impostos mais fortes em arrecadação e, para País o crescer, é necessário uma revisão tributária. Entretanto, na opinião da professora “como a União não sinaliza por mudanças é necessário que pequenas e médias empresas trabalhem melhor o fluxo de caixa. “A implementação do fluxo de caixa com no mínimo 60 dias de despesas previstas é fator mais que primordial para que uma companhia possa enfrentar a alta carga tributária”, ressalta Fabiana Tomé.
A tributação brasileira onera, segundo a professora do IBET, por demais alguns e permite que outros, como as pequenas e médias empresas, não suportem ônus tributário algum. “Os impostos incidem mais sobre o setor produtivo e de forma antieconômica porque tem inúmeros tributos desnecessários e complexos”, completa.
(Gazeta Mercantil/Caderno A – Pág. 14)(Wallace Nunes)