Com a informatização do sistema do Fisco em São Paulo, que obriga micros, pequenas e médias empresas a informarem detalhadamente os dados referentes às obrigações acessórias sem o uso do papel, cabe às empresas de contabilidade do Estado de São Paulo buscar estratégias para prevenir seus clientes de erros no envio de dados com o intuito de evitar as onerosas punições do governo em caso de dados incorretos. Esta foi uma das discussões levantadas no 20º Encontro das Empresas de Serviços Contábeis do Estado de São Paulo, que acontece em Campos do Jordão.

No painel “Planejamento Tributário e Análise de Risco com o Fisco”, o vice-presidente do Sescon-SP, José Maria Chapina Alcazar, alertou aos contabilistas presentes sobre como uma opção errada no regime tributário pode levar o contribuinte a pagar muito mais impostos do que pagaria, frizando a importância do papel do empresário contábil na orientação de seus clientes. “O contabilista deve fazer um planejamento antes de oferecer um regime tributário como o Simples, o Lucro Resumido ou o Lucro Real, pois a escolha certa pode trazer economia ao cliente”, analisa.

Um dos regimes mais comuns e elogiados, o Simples, nem sempre é a melhor escolha, explica Chapina. “O contabilista deve ter cuidado ao orientar ou referendar o cliente ao regime simplificado por falta de informações completas sobre os dados da empresa”, analisa o vice-presidente. O encontro reúne, até hoje, cerca de 900 participantes, entre empresários contábeis, contabilistas, autoridades políticas e empresariais e lideranças da classe no estado. Promovido pelo Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo (Sescon-SP), teve em sua abertura discursos de representantes da Federação dos Contabilistas do Estado de São Paulo (Fecontesp) e da Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL). O evento, realizado em Campos do Jordão, termina na noite de hoje.