Cosan obtém na CVM chance de explicar plano
A Cosan pediu e conseguiu. Diante da novidade da proposta do controlador Rubens Ometto, de listar a holding em Nova York, o colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) atendeu ao pedido da empresa e concedeu-lhe o direito de explicar a operação, a despeito da instrução 400, que põe as companhias que lançaram oferta de ações em período de silêncio. Com isso, a empresa realizou ontem teleconferência para investidores, analistas e jornalistas.
Apesar da exceção à Cosan, a autarquia enfatizou a necessidade de que fossem transmitidas apenas informações relativas aos pontos críticos da operação. A empresa esteve na CVM para, além de fazer a solicitação, explicar à área técnica o plano de Ometto, que levou a companhia ao Novo Mercado em 2005. O projeto é reorganizar o controle e criar uma holding, a Cosan Limited, com sede nas Bermudas. Essa empresa será listada nos EUA com uma oferta primária que visa obter até US$ 2 bilhões. Para Ometto não perder o controle com a diluição que sofrerá, foram criadas duas classes de ações ON, A e B. Cada ação do controlador terá direito a 10 votos, enquanto cada ação dos demais, apenas um.
A polêmica com os minoritários da empresa operacional, listada no Brasil, deve-se justamente a essa estrutura de super poder do usineiro, que poderá comandar os negócios mesmo com menos 10% do capital total da empresa. Além disso, a migração voluntária que foi oferecida aos investidores não agradou. Há risco de a companhia sair do Novo Mercado e ainda enfrentar a concorrência de liquidez da controladora.
A companhia também levou explicações à Bovespa, pois o projeto afetou em cheio a imagem do espaço de governança. Já ocorreram três encontros. No primeiro, a bolsa recebeu negativamente a empreitada. Mas, aos poucos, estaria mais aberta.
Durante a teleconferência, não foram aceitas perguntas dos ouvintes. O vice-presidente financeiro da empresa, Paulo Diniz, apresentou os argumentos e buscou dirimir o temor de que a companhia seja vendida, sem oferta de prêmio de controle aos minoritários (“tag along”). Sobre o poder de voto, Diniz disse que o objetivo é exclusivamente garantir a manutenção do controle e, com isso, “o plano estratégico da empresa em um momento importante em seu processo de expansão”. Ele lembrou que, caso Ometto venda as ações, elas perderão os “super-poderes”. O controlador comprometeu-se a não vender seus papéis por três anos.
Apesar da exceção à Cosan, a autarquia enfatizou a necessidade de que fossem transmitidas apenas informações relativas aos pontos críticos da operação. A empresa esteve na CVM para, além de fazer a solicitação, explicar à área técnica o plano de Ometto, que levou a companhia ao Novo Mercado em 2005. O projeto é reorganizar o controle e criar uma holding, a Cosan Limited, com sede nas Bermudas. Essa empresa será listada nos EUA com uma oferta primária que visa obter até US$ 2 bilhões. Para Ometto não perder o controle com a diluição que sofrerá, foram criadas duas classes de ações ON, A e B. Cada ação do controlador terá direito a 10 votos, enquanto cada ação dos demais, apenas um.
A polêmica com os minoritários da empresa operacional, listada no Brasil, deve-se justamente a essa estrutura de super poder do usineiro, que poderá comandar os negócios mesmo com menos 10% do capital total da empresa. Além disso, a migração voluntária que foi oferecida aos investidores não agradou. Há risco de a companhia sair do Novo Mercado e ainda enfrentar a concorrência de liquidez da controladora.
A companhia também levou explicações à Bovespa, pois o projeto afetou em cheio a imagem do espaço de governança. Já ocorreram três encontros. No primeiro, a bolsa recebeu negativamente a empreitada. Mas, aos poucos, estaria mais aberta.
Durante a teleconferência, não foram aceitas perguntas dos ouvintes. O vice-presidente financeiro da empresa, Paulo Diniz, apresentou os argumentos e buscou dirimir o temor de que a companhia seja vendida, sem oferta de prêmio de controle aos minoritários (“tag along”). Sobre o poder de voto, Diniz disse que o objetivo é exclusivamente garantir a manutenção do controle e, com isso, “o plano estratégico da empresa em um momento importante em seu processo de expansão”. Ele lembrou que, caso Ometto venda as ações, elas perderão os “super-poderes”. O controlador comprometeu-se a não vender seus papéis por três anos.