ONU sugere reforma tributária e investimento em tecnologia
O plano, desenvolvido pela Conferência da ONU ainda está sendo mantido como “confidencial”
GENEBRA (Suíça) – Depois de três anos de estudos e avaliações, a Organização das Nações Unidas (ONU) apresenta ao governo brasileiro suas sugestões de como deve ser o plano do País para atrair investimentos nos próximos anos. A estratégia desenvolvida pelos economistas da ONU, em Genebra, sugere duas ações primordiais da parte do governo: a atração de investimentos em tecnologia de ponta e a reforma de seu sistema tributário.
O plano, desenvolvido pela Conferência da ONU para o Desenvolvimento e Comércio (Unctad), ainda está sendo mantido como “confidencial”, mas uma versão final já foi enviada ao governo federal. Em Genebra, a ONU afirma não saber quando é que Brasília tornará público o documento.
Segundo a estratégia, uma das atitudes do governo deve ser a de privilegiar a atração de empresas de tecnologia de ponta e de produtos de alto valor agregado. Na avaliação dos economistas, o Brasil não pode se contentar apenas em receber investimentos de empresas que busquem o mercado doméstico do País. Ainda que por sí só o mercado consumidor nacional seja um fator importante para as empresas estrangeiras, os maiores ganhos não virão dessas multinacionais.
Para a ONU, o Brasil precisa desenvolver políticas que sejam atraentes para empresas que queiram fabricar produtos de alta tecnologia no País, mas não necessariamente para o mercado brasileiro.
Segundo o estudo da ONU, isso incluiria tanto o setor eletrônico como farmacêuticos, químico e de biotecnologia. De acordo com a ONU, os investimentos nessa área hoje estão sendo destinados em sua maioria para a Ásia. No ano passado, por exemplo, a suíça Novartis anunciou a abertura de um de seus principais centro de pesquisa na China, depois de descartar a possibilidade de levar o investimento ao Brasil.
Na avaliação dos economistas da ONU, a atração de projetos de alta tecnologia geraria ganhos não apenas na criação de empregos, mas na exportação. Outra parcela da estratégia é a reforma urgente do sistema tributário nacional. Para a ONU, parte dos obstáculos ainda para receber investimentos ocorre por causa do sistema pouco transparente de arrecadação de impostos e regras que dependem da legislação de cada estado.
O Banco Central estima que os investimentos diretos no País chegaram a US$ 25 bilhões em 2007. Nos cinco primeiros meses do ano, o volume já atingiu US$ 10,5 bilhões, US$ 2 bilhões acima do ingresso registrado nos cinco primeiros meses de 2006. Ainda assim, a ONU estima que o crescimento poderia ser bem maior se a estratégia fosse implementada. Na China, por exemplo, o volume de investimentos chega a US$ 60 bilhões por ano.
Atraso
Apesar da conclusão do relatório, o plano elaborado pela ONU foi acompanhado de muita polêmica. A idéia lançada em 2003 foi de que as Nações Unidas fizessem uma avaliação das condições de investimento do País e sugerissem medidas para ajudar a economia brasileira a captar investimentos. Os economistas em Genebra estimavam que um ano depois o estudo estaria concluído e chegou a ser previsto até mesmo que um encontro ministerial fosse organizado para debater o assunto.
Mas o governo brasileiro decidiu vetar partes do relatório e sugeriu mudanças no texto. Uma comissão interministerial foi criada para prestar informações à ONU sobre o documento final e, com três anos de atraso, uma versão final da proposta foi produzida.
GENEBRA (Suíça) – Depois de três anos de estudos e avaliações, a Organização das Nações Unidas (ONU) apresenta ao governo brasileiro suas sugestões de como deve ser o plano do País para atrair investimentos nos próximos anos. A estratégia desenvolvida pelos economistas da ONU, em Genebra, sugere duas ações primordiais da parte do governo: a atração de investimentos em tecnologia de ponta e a reforma de seu sistema tributário.
O plano, desenvolvido pela Conferência da ONU para o Desenvolvimento e Comércio (Unctad), ainda está sendo mantido como “confidencial”, mas uma versão final já foi enviada ao governo federal. Em Genebra, a ONU afirma não saber quando é que Brasília tornará público o documento.
Segundo a estratégia, uma das atitudes do governo deve ser a de privilegiar a atração de empresas de tecnologia de ponta e de produtos de alto valor agregado. Na avaliação dos economistas, o Brasil não pode se contentar apenas em receber investimentos de empresas que busquem o mercado doméstico do País. Ainda que por sí só o mercado consumidor nacional seja um fator importante para as empresas estrangeiras, os maiores ganhos não virão dessas multinacionais.
Para a ONU, o Brasil precisa desenvolver políticas que sejam atraentes para empresas que queiram fabricar produtos de alta tecnologia no País, mas não necessariamente para o mercado brasileiro.
Segundo o estudo da ONU, isso incluiria tanto o setor eletrônico como farmacêuticos, químico e de biotecnologia. De acordo com a ONU, os investimentos nessa área hoje estão sendo destinados em sua maioria para a Ásia. No ano passado, por exemplo, a suíça Novartis anunciou a abertura de um de seus principais centro de pesquisa na China, depois de descartar a possibilidade de levar o investimento ao Brasil.
Na avaliação dos economistas da ONU, a atração de projetos de alta tecnologia geraria ganhos não apenas na criação de empregos, mas na exportação. Outra parcela da estratégia é a reforma urgente do sistema tributário nacional. Para a ONU, parte dos obstáculos ainda para receber investimentos ocorre por causa do sistema pouco transparente de arrecadação de impostos e regras que dependem da legislação de cada estado.
O Banco Central estima que os investimentos diretos no País chegaram a US$ 25 bilhões em 2007. Nos cinco primeiros meses do ano, o volume já atingiu US$ 10,5 bilhões, US$ 2 bilhões acima do ingresso registrado nos cinco primeiros meses de 2006. Ainda assim, a ONU estima que o crescimento poderia ser bem maior se a estratégia fosse implementada. Na China, por exemplo, o volume de investimentos chega a US$ 60 bilhões por ano.
Atraso
Apesar da conclusão do relatório, o plano elaborado pela ONU foi acompanhado de muita polêmica. A idéia lançada em 2003 foi de que as Nações Unidas fizessem uma avaliação das condições de investimento do País e sugerissem medidas para ajudar a economia brasileira a captar investimentos. Os economistas em Genebra estimavam que um ano depois o estudo estaria concluído e chegou a ser previsto até mesmo que um encontro ministerial fosse organizado para debater o assunto.
Mas o governo brasileiro decidiu vetar partes do relatório e sugeriu mudanças no texto. Uma comissão interministerial foi criada para prestar informações à ONU sobre o documento final e, com três anos de atraso, uma versão final da proposta foi produzida.