Reforma do IR: Ministro afirma que governo perdeu ‘timing’, mas ainda defende aprovação
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo brasileiro perdeu o “timing” para a aprovação da Reforma Tributária do Imposto de Renda (IR) no Senado, mas defendeu que o texto ainda pode ser votado até o término de 2022, caso o presidente atual seja reeleito.
As falas aconteceram durante participação de Guedes em um evento em São Paulo nesta quinta-feira (18).
“As janelas de oportunidade vão abrindo, abrem e fecham, abrem e fecham, ou você usa ou você perde, e na tributária, nós perdemos, ela passou. Mas a gente não desiste […] Já foi aprovado na Câmara, falta aprovar no Senado, quem sabe, presidente sendo eleito, a gente faz isso este ano”, disse o ministro.
O texto da reforma foi aprovado pela Câmara em setembro de 2021, mas não avançou no Senado na ocasião.
A correção da tabela do IR, para quem recebe até cinco salários mínimos, é uma das promessas de Jair Bolsonaro (PL) desde 2018, que mantém a proposta nesta nova campanha eleitoral.
Ainda durante o evento, Guedes afirmou que enquanto a reforma do IR não for aprovada pelo Congresso, “paga todo mundo para sentir que o piano é pesado”.
Reforma do IR
O Projeto de Lei n° 2337/2021, conhecido como “reforma do Imposto de Renda”, propõe a tributação de lucros e dividendos, em troca da isenção do IR para trabalhadores celetistas que recebiam até R$2,5 mil por mês e da redução da cobrança sobre as empresas.
A tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) não é corrigida desde 2015, incluindo a cada ano um número cada vez maior de brasileiros com carteira assinada a pagarem mensalmente os tributos ao governo.
IZABELLA MIRANDA
Jornalista