PF realiza operação contra fraude no INSS
Curitiba – A Polícia Federal (PF) desarticulou ontem uma quadrilha que fraudava benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A ”Operação S.O.S” realizou o cumprimento de sete mandados de busca e apreensão em Curitiba e região metropolitana. O trabalho foi realizado por meio da unidade especializada da PF na repressão de crimes previdenciários com o apoio do Ministério da Previdência Social e do Ministério Público Federal.
Seis mandados foram cumpridos em Curitiba e um em São José dos Pinhais, nas residências de intermediários e em seus escritórios, bem como na residência de um servidor do INSS. As investigações começaram em janeiro deste ano, a partir de dados da inteligência do Ministério da Previdência Social que indicaram a existência de concessões indevidas de benefícios assistenciais de amparo ao idoso. Cerca de 20 pessoas estavam envolvidas no esquema.
Foi identificada uma quadrilha formada por intermediários de benefícios previdenciários e um servidor do INSS de Curitiba, responsável por conceder os benefícios irregulares. De acordo com o chefe da Delegacia de Combate ao Crime Organizado do Paraná da PF, Wagner Mesquita de Oliveira, a quadrilha vinha agindo desde 2005 e utilizava a falsificação de documentos na tentativa de enquadrar os segurados nas exigências legais. A fraude se completava com o servidor do INSS, integrante da quadrilha, que implantava os benefícios. Ele explicou que a quadrilha ficava com os três ou quatro primeiros salários das pessoas para as quais eram concedidos os benefícios irregulares.
Segundo Oliveira, até ontem, foram identificados 340 benefícios previdenciários concedidos de maneira irregular. O prejuízo estimado é de aproximadamente R$ 7 milhões. No entanto, as investigações podem apontar que as perdas para os cofres públicos sejam ainda maiores. A Justiça Federal determinou o afastamento cautelar do servidor do INSS. Até ontem, ainda não tinham sido realizadas prisões.
O benefício assistencial de amparo ao idoso é assegurado por lei às pessoas que comprovarem possuir acima de 65 anos de idade, que não recebem nenhum benefício previdenciário e que a renda mensal familiar per capita seja inferior a 25% do salário mínimo.
A ação teve a participação de 27 policiais federais e de sete servidores do Ministério da Previdência Social. Segundo o delegado, agora será realizada uma auditoria conjunta entre a PF e o INSS para investigar o caso. Ele acredita que apareçam mais benefícios fraudulentos na Região Metropolitana de Curitiba. Oliveira explicou que a Justiça pode pedir o bloqueio dos bens das pessoas investigadas com o objetivo de reaver ao menos parte do prejuízo que foi causado à Previdência Social.
A reportagem da FOLHA entrou em contato com o INSS, que disse que não comenta o assunto.
Andréa Bertoldi
Reportagem Local
Seis mandados foram cumpridos em Curitiba e um em São José dos Pinhais, nas residências de intermediários e em seus escritórios, bem como na residência de um servidor do INSS. As investigações começaram em janeiro deste ano, a partir de dados da inteligência do Ministério da Previdência Social que indicaram a existência de concessões indevidas de benefícios assistenciais de amparo ao idoso. Cerca de 20 pessoas estavam envolvidas no esquema.
Foi identificada uma quadrilha formada por intermediários de benefícios previdenciários e um servidor do INSS de Curitiba, responsável por conceder os benefícios irregulares. De acordo com o chefe da Delegacia de Combate ao Crime Organizado do Paraná da PF, Wagner Mesquita de Oliveira, a quadrilha vinha agindo desde 2005 e utilizava a falsificação de documentos na tentativa de enquadrar os segurados nas exigências legais. A fraude se completava com o servidor do INSS, integrante da quadrilha, que implantava os benefícios. Ele explicou que a quadrilha ficava com os três ou quatro primeiros salários das pessoas para as quais eram concedidos os benefícios irregulares.
Segundo Oliveira, até ontem, foram identificados 340 benefícios previdenciários concedidos de maneira irregular. O prejuízo estimado é de aproximadamente R$ 7 milhões. No entanto, as investigações podem apontar que as perdas para os cofres públicos sejam ainda maiores. A Justiça Federal determinou o afastamento cautelar do servidor do INSS. Até ontem, ainda não tinham sido realizadas prisões.
O benefício assistencial de amparo ao idoso é assegurado por lei às pessoas que comprovarem possuir acima de 65 anos de idade, que não recebem nenhum benefício previdenciário e que a renda mensal familiar per capita seja inferior a 25% do salário mínimo.
A ação teve a participação de 27 policiais federais e de sete servidores do Ministério da Previdência Social. Segundo o delegado, agora será realizada uma auditoria conjunta entre a PF e o INSS para investigar o caso. Ele acredita que apareçam mais benefícios fraudulentos na Região Metropolitana de Curitiba. Oliveira explicou que a Justiça pode pedir o bloqueio dos bens das pessoas investigadas com o objetivo de reaver ao menos parte do prejuízo que foi causado à Previdência Social.
A reportagem da FOLHA entrou em contato com o INSS, que disse que não comenta o assunto.
Andréa Bertoldi
Reportagem Local