Leão alcança cinco vezes mais em 2007
O número de contribuintes que caiu na malha fina da Receita Federal até o mês passado quase quintuplicou com relação ao mesmo período de 2006. Até julho, 483 mil pessoas físicas já caíram na malha fina. O imposto devido e a multa somam R$ 5,3 bilhões. Em 2006, foram parar na malha fina 107 mil contribuintes que podem ter sonegado R$ 1,1 bilhão. O balanço da Receita também mostrou que foram autuadas este ano 14.402 empresas por sonegação, no valor de R$ 34,5 bilhões, um aumento de 51% em relação aos R$ 22,7 bilhões do ano passado. Incluindo as pessoas físicas, foram autuados 233 mil contribuintes, em R$ 39,9 bilhões, valor 66,25% maior que os R$ 24 bilhões no mesmo período do ano passado.
Na avaliação da Receita, não foi a sonegação que aumentou, mas o Fisco que está mais eficiente na fiscalização. O secretário-adjunto da Receita, Paulo Ricardo de Souza Cardoso, disse que o sistema foi aperfeiçoado para garantir a triagem por cinco anos. Por isso, ainda restam na malha fina 1,31 milhão de pessoas físicas, dos quais 430 mil passam pela triagem por causa de declarações de Imposto de Renda entregues no ano passado, 277 mil em 2005, 102 mil em 2004 e 17 mil em 2003.
Cardoso explicou que o valor de autuações aumentou porque a Receita concentrou esforços nas declarações de proprietários e dirigentes de empresas. Como a distribuição de lucros é isenta de impostos, a Receita desconfia que muitos empresários declaram lucro maior do que o recebido, para pagar imposto de renda mais baixo. O secretário-adjunto disse ainda que muitas empresas listadas não existem ou estão inativas há anos. Foram autuados, de janeiro a julho deste ano, 1.230 proprietários e dirigentes de empresas, no valor de R$ 2,13 bilhões. No mesmo período do ano passado, foram 833 autuações deste tipo de declaração, no valor de R$ 324,4 milhões. “Temos um arquivo com o Imposto de Renda de todas as pessoas que se declararam sócios de empresas”, disse Cardoso. “Fazemos um cruzamento com as declarações das empresas. Muitas não têm capacidade operacional de gerar tais lucros.”
O balanço da fiscalização da Receita mostrou que foram autuados 233 mil contribuintes até julho deste ano, no valor de R$ 39,9 bilhões, 66,25% maior que os R$ 24 bilhões no mesmo período do ano passado. Este valor inclui 14.402 empresas, no valor de R$ 34,50 bilhões, um aumento de 51% em relação aos R$ 22,7 bilhões de 2006. “O Leão não está mais guloso, está mais atento”, disse o secretário.
A Receita concentrou a fiscalização em empresas de construção civil, alimentos, bebidas e cigarros, indústria têxtil, metal-mecânica e auto-peças. Foram autuados na indústria 2.908 empresas, em R$ 11,1 bilhões. Em 2006, foram 2.929 empresas flagradas pelo Leão, mas o valor foi bem menor, de R$ 5 bilhões. “Os grandes valores de sonegação se sobressaem. Por isso, é mais fácil detectar”, concluiu Cardoso.
(Gazeta Mercantil/Caderno A – Pág. 10) (Juliana Rocha)
Na avaliação da Receita, não foi a sonegação que aumentou, mas o Fisco que está mais eficiente na fiscalização. O secretário-adjunto da Receita, Paulo Ricardo de Souza Cardoso, disse que o sistema foi aperfeiçoado para garantir a triagem por cinco anos. Por isso, ainda restam na malha fina 1,31 milhão de pessoas físicas, dos quais 430 mil passam pela triagem por causa de declarações de Imposto de Renda entregues no ano passado, 277 mil em 2005, 102 mil em 2004 e 17 mil em 2003.
Cardoso explicou que o valor de autuações aumentou porque a Receita concentrou esforços nas declarações de proprietários e dirigentes de empresas. Como a distribuição de lucros é isenta de impostos, a Receita desconfia que muitos empresários declaram lucro maior do que o recebido, para pagar imposto de renda mais baixo. O secretário-adjunto disse ainda que muitas empresas listadas não existem ou estão inativas há anos. Foram autuados, de janeiro a julho deste ano, 1.230 proprietários e dirigentes de empresas, no valor de R$ 2,13 bilhões. No mesmo período do ano passado, foram 833 autuações deste tipo de declaração, no valor de R$ 324,4 milhões. “Temos um arquivo com o Imposto de Renda de todas as pessoas que se declararam sócios de empresas”, disse Cardoso. “Fazemos um cruzamento com as declarações das empresas. Muitas não têm capacidade operacional de gerar tais lucros.”
O balanço da fiscalização da Receita mostrou que foram autuados 233 mil contribuintes até julho deste ano, no valor de R$ 39,9 bilhões, 66,25% maior que os R$ 24 bilhões no mesmo período do ano passado. Este valor inclui 14.402 empresas, no valor de R$ 34,50 bilhões, um aumento de 51% em relação aos R$ 22,7 bilhões de 2006. “O Leão não está mais guloso, está mais atento”, disse o secretário.
A Receita concentrou a fiscalização em empresas de construção civil, alimentos, bebidas e cigarros, indústria têxtil, metal-mecânica e auto-peças. Foram autuados na indústria 2.908 empresas, em R$ 11,1 bilhões. Em 2006, foram 2.929 empresas flagradas pelo Leão, mas o valor foi bem menor, de R$ 5 bilhões. “Os grandes valores de sonegação se sobressaem. Por isso, é mais fácil detectar”, concluiu Cardoso.
(Gazeta Mercantil/Caderno A – Pág. 10) (Juliana Rocha)