Imposto é o que mais atrapalha o investimento, diz Firjan
RIO – A questão tributária é o principal problema apontado por 107 empresas, de 14 setores estudados pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), quanto às dificuldades para a realização de investimentos, conforme pesquisa divulgada pela entidade.
Segundo o presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, 78% dos pesquisados apontaram a questão tributária como o principal obstáculo, vindo a seguir a questão dos gastos do governo, a necessidade de uma reforma fiscal e as questões de infra-estrutura. “A questão do câmbio e dos juros elevados também são importantes, mas estão em outro nível de preocupação”, disse Gouvêa Vieira.
Mesmo com os problemas levantados, a pesquisa da Firjan constatou que o número de empresas interessadas em aumentar os investimentos em 2007 é superior ao das empresas que estão planejando reduzir ou mesmo manter o atual patamar. Pela pesquisa da Firjan, 40,4% das empresas estão planejando aumentar os investimentos no ano que vem, 22,1% estão pensando em reduzir e as outras 37,5% devem manter o patamar deste ano.
Em pesquisa semelhante realizada pela Firjan há um ano, 38,5% estimavam aumentar os investimentos, outras 27,1% esperavam redução e outras 33,9% deveriam manter o mesmo ritmo. “Os indicadores deste final de ano são mais positivos do que os registrados há um ano”, apontou a economista da Firjan, Luciana Sá.
No caso do Rio de Janeiro, especificamente, o diretor da Firjan, Augusto Franco, vê um quadro até mais favorável do que a média nacional. Segundo ele, as estatísticas mensais divulgadas pelo IBGE “minimizam” o desempenho da indústria fluminense, já que não captam as atividades referentes à produção de petróleo e nem a indústria naval. No caso do petróleo, os dados do IBGE se limitam às atividades de refino (refinaria de Duque de Caxias), mas não cobrem a produção de óleo na bacia de Campos. Devido a isso, a Firjan pretende criar um indicador específico para retratar melhor a evolução da economia fluminense, especialmente a indústria naval. “Atualmente, esses dados estão subavaliados”, disse Franco.
Chineses
Gouvêa Vieira considera “lamentável”, mas disse que “entende” por que o grupo Thyssen-Krupp está “importando” cerca de 600 operários chineses para implantar a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), no sul fluminense. Segundo ele, a China oferece hoje o “estado da arte” na implantação de novas siderúrgicas, e os projetos que pretendem se manter competitivos “têm de refletir essa realidade”.
O vice-presidente da Firjan, Carlos Mariani, disse que a estratégia da China, de incluir operários próprios na implantação de novos projetos, “já é antiga”, lembrando que foi feita uma tentativa semelhante na implantação do pólo petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul, há cerca de 10 anos. O grupo Gerdau também adotou tecnologia chinesa (sem incluir trabalhadores) no projeto de expansão da Açominas.
“É preciso lembrar que a China produz mais de 300 milhões de toneladas de aço por ano. Só o acréscimo de produção anual (cerca de 30 milhões de toneladas) é equivalente á toda a produção brasileira atual”, afirmou. Na avaliação de Mariani, “o importante” é que a operação da usina ficará a cargo de brasileiros.
“São 600 empregos temporários, na fase de implantação da indústria, mas depois todas as atividades serão de responsabilidade de trabalhadores brasileiros”, disse.
Segundo o presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, 78% dos pesquisados apontaram a questão tributária como o principal obstáculo, vindo a seguir a questão dos gastos do governo, a necessidade de uma reforma fiscal e as questões de infra-estrutura. “A questão do câmbio e dos juros elevados também são importantes, mas estão em outro nível de preocupação”, disse Gouvêa Vieira.
Mesmo com os problemas levantados, a pesquisa da Firjan constatou que o número de empresas interessadas em aumentar os investimentos em 2007 é superior ao das empresas que estão planejando reduzir ou mesmo manter o atual patamar. Pela pesquisa da Firjan, 40,4% das empresas estão planejando aumentar os investimentos no ano que vem, 22,1% estão pensando em reduzir e as outras 37,5% devem manter o patamar deste ano.
Em pesquisa semelhante realizada pela Firjan há um ano, 38,5% estimavam aumentar os investimentos, outras 27,1% esperavam redução e outras 33,9% deveriam manter o mesmo ritmo. “Os indicadores deste final de ano são mais positivos do que os registrados há um ano”, apontou a economista da Firjan, Luciana Sá.
No caso do Rio de Janeiro, especificamente, o diretor da Firjan, Augusto Franco, vê um quadro até mais favorável do que a média nacional. Segundo ele, as estatísticas mensais divulgadas pelo IBGE “minimizam” o desempenho da indústria fluminense, já que não captam as atividades referentes à produção de petróleo e nem a indústria naval. No caso do petróleo, os dados do IBGE se limitam às atividades de refino (refinaria de Duque de Caxias), mas não cobrem a produção de óleo na bacia de Campos. Devido a isso, a Firjan pretende criar um indicador específico para retratar melhor a evolução da economia fluminense, especialmente a indústria naval. “Atualmente, esses dados estão subavaliados”, disse Franco.
Chineses
Gouvêa Vieira considera “lamentável”, mas disse que “entende” por que o grupo Thyssen-Krupp está “importando” cerca de 600 operários chineses para implantar a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), no sul fluminense. Segundo ele, a China oferece hoje o “estado da arte” na implantação de novas siderúrgicas, e os projetos que pretendem se manter competitivos “têm de refletir essa realidade”.
O vice-presidente da Firjan, Carlos Mariani, disse que a estratégia da China, de incluir operários próprios na implantação de novos projetos, “já é antiga”, lembrando que foi feita uma tentativa semelhante na implantação do pólo petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul, há cerca de 10 anos. O grupo Gerdau também adotou tecnologia chinesa (sem incluir trabalhadores) no projeto de expansão da Açominas.
“É preciso lembrar que a China produz mais de 300 milhões de toneladas de aço por ano. Só o acréscimo de produção anual (cerca de 30 milhões de toneladas) é equivalente á toda a produção brasileira atual”, afirmou. Na avaliação de Mariani, “o importante” é que a operação da usina ficará a cargo de brasileiros.
“São 600 empregos temporários, na fase de implantação da indústria, mas depois todas as atividades serão de responsabilidade de trabalhadores brasileiros”, disse.