Governo do Rio retira benefício fiscal de duas empresas

Companhias haviam prometido construir fábricas no Rio. Informação foi antecipada por Flávia Oliveira. Bruno Rosa RIO — A Comissão Permanente de Políticas para o Desenvolvimento Econômico do Rio — que envolve várias secretarias do governo do Estado — decidiu suspender o benefício fiscal que havia concedido às empresas Kasinski, de bicicletas elétricas, da China, e Technogym, de equipamentos para academias, da Itália. As duas companhias tiveram o recolhimento de ICMS reduzido de 19% para 2% sobre seus produtos vendidos no mercado fluminense enquanto programavam a construção de fábricas. Porém, desistiram do projeto e, ainda sim, continuaram se beneficiando do menor imposto. A Secretaria de Desenvolvimento está investigando ainda outras três empresas. A informação foi revelada hoje pela colunista Flávia Oliveira, do GLOBO. No caso da chinesa Kasinski, a redução do ICMS já estava valendo há um ano e meio. A empresa tinha planos de construir uma fábrica em Sapucaia, por R$ 110 milhões. Na Technogym, o benefício fiscal já valia há um ano. A italiana iria destinar R$ 2 milhões para uma unidade fabril em Barra do Piraí. Júlio Bueno, secretário de Desenvolvimento do Estado, explica que essas duas companhias haviam firmado promessas de construção de fábricas no Rio, mas, como desistiram do projeto, terão de pagar de forma retroativa o ICMS que foi descontado. – Estamos calculando ainda esse valor. Essas empresas estavam importando os equipamentos e vendendo esses produtos com um ICMS de 2%, em vez de 19%. É uma pena esses investimentos não se concretizarem – disse Bueno. A Secretaria também está investigando outras três empresas, que estão vendendo seus produtos com o benefício fiscal. Procurada, a Technogym diz que já cumpriu todas as suas responsabilidades. O presidente da empresa, Paolo Guidelli, diz que recebeu uma comunicação da Secretaria de Fazenda do Rio informando que o benefício fiscal seria revogado. – Então, entre o fim de outubro e o início de novembro, decidimos, de forma voluntária recolher todo o valor, além de juros e multas. Por conta das condições econômicas, decidimos suspender a construção da fábrica. Mas ainda sim estamos investindo muito no país, com a compra de equipamentos e em treinamento de pessoal – disse Guidelli. Procurada, a secretaria de Desenvolvimento não confirma o recebimento do valor.

Fonte: Jornal O Globo

Data da Notícia: 11/12/2013 00:00:00

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