Governadores vão reivindicar fatia maior do bolo na reforma tributária

Maioria dos ouvidos pelo ‘Estado’ quer que União divida receita de contribuições e compense Estados exportadores

Marcelo Auler e Alexandre Rodrigues, RIO

Na hora de discutir a reforma tributária, pouca coisa une os Estados. Numa amostra de 15 governadores ouvidos ontem pelo Estado, o principal ponto em comum foi o desejo de ter uma fatia maior no bolo de recursos. Questionados sobre as medidas que consideram prioritárias na reforma tributária que o presidente Lula promete patrocinar, a maior parte disse querer que a União divida o que arrecada com as contribuições e que haja compensações para os Estados com grande exportação, que deixam de arrecadar ICMS sobre produtos que mandam ao exterior.

Essas preferências apontam para uma conta que não fecha: o contribuinte espera uma reforma que diminua a carga tributária; os Estados contam que vão ampliar a fatia que lhes cabe; os municípios querem mais receitas; e o governo federal, a quem sobra abrir mão de recursos, bate recordes seguidos de arrecadação e gastos (leia na caderno de Economia). Não é uma equação promissora. “Só acredito que teremos um novo sistema tributário nos próximos dez a doze anos”, afirmou ontem o governador Eduardo Campos (PSB), de Pernambuco. “Não é tarefa para um governo só.”

Um dos que defendem que a União passe a dividir as contribuições é o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB). Ele critica o artifício do governo federal de criar esse tipo de tributo – na forma de CPMF e Cide, por exemplo – em substituição aos impostos tradicionais. Com isso, houve redução de repasses de recursos para Estados e municípios, já que as contribuições ficam inteiramente nos cofres da União. “Em 1988, tínhamos 80% dos tributos federais compartilhados com Estados e municípios”, disse Requião. “Hoje os impostos compartilhados caíram para 40% e as contribuições são 60% da arrecadação do governo federal. É preciso retornar à situação de 1988.” Pensam como ele governadores de Estados tão diferentes quanto o Mato Grosso do Sul e Alagoas.

Também é grande o bloco dos que dão prioridade para a compensação aos Estados com grande exportação. “Exportamos matérias-primas, que não pagam impostos. Isso é uma distorção no sistema tributário”, avalia a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT). A Lei Kandir definiu compensações para os Estados que deixam de arrecadar com a venda de produtos para o exterior, mas Minas Gerais, Distrito Federal e Rio Grande do Sul, além do Pará, avaliam que o atual sistema não é satisfatório.

GUERRA FISCAL

Na amostra ouvida pelo Estado, questão que também se mostrou prioritária foi o combate à guerra fiscal, com a unificação do ICMS – hoje com regras e alíquotas diferentes em cada Unidade da Federação. Pelo menos cinco governadores dão peso à questão, a exemplo do Mato Grosso. Blairo Maggi (sem partido), por exemplo, é contra mudar a cobrança do imposto da origem, como é hoje, para o destino – reivindicação de Estados menos industrializados. Mas Blairo defende a unificação das regras entre Estados.

“Esse é o ponto fundamental”, declarou o governador mineiro, Aécio Neves, por meio de sua assessoria. “Entre 70% e 80% dos governadores querem o fim da guerra fiscal.” O raciocínio é que todos têm a ganhar se os Estados deixarem de atrair empresas com a promessa de cobrar impostos mais baixos.

Além das questões mais gerais, há pleitos específicos que os governadores levarão ao presidente Lula. Ottomar Pinto (PSDB), de Roraima, defende a extensão dos benefícios da Zona Franca de Manaus. A tucana Yeda Crusius espera que a questão da dívida dos Estados pegue uma carona na discussão. Para o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), o maior problema é a sobrecarrega sobre o contribuinte. “O objetivo da reforma tem que ser a simplificação do sistema tributário. É melhorar a eficiência do sistema, que hoje onera demais o contribuinte”, disse. Ele quer ampliar a competitividade da produção.

“Isso tudo é complexo”, acredita o governador Marcelo Déda (PT), de Sergipe. “Não se pode discutir reforma tributária calculando o tamanho do debate.”

Fonte: O Estado de S. Paulo

Data da Notícia: 19/01/2007 00:00:00

Gostou do notícia? Compartilhe em suas redes sociais

betvisa

iplwin

iplwin login

iplwin app

ipl win

1win login

indibet login

bc game download

10cric login

fun88 login

rummy joy app

rummy mate app

yono rummy app

rummy star app

rummy best app

iplwin login

iplwin login

dafabet app

https://rs7ludo.com/

dafabet

dafabet

crazy time A

crazy time A

betvisa casino

Rummy Satta

Rummy Joy

Rummy Mate

Rummy Modern

Rummy Ola

Rummy East

Holy Rummy

Rummy Deity

Rummy Tour

Rummy Wealth

yono rummy

dafabet

Jeetwin Result

Baji999 Login

Marvelbet affiliate

krikya App

betvisa login

91 club game

daman game download

link vào tk88

tk88 bet

thiên hạ bet

thiên hạ bet đăng nhập

six6s

babu88

elonbet

bhaggo

dbbet

nagad88

rummy glee

yono rummy

rummy perfect

rummy nabob

rummy modern

rummy wealth

jeetbuzz app

iplwin app

rummy yono

rummy deity 51

rummy all app

betvisa app

lotus365 download