CPMF garante a gastança

O que não passa pela cabeça do governo é mexer no lado das despesas

Os defensores da prorrogação da CPMF até 2011 repetem à exaustão principalmente dois argumentos: o de que a União não pode prescindir dos recursos provenientes dessa contribuição compulsória e de que “pobre não tem conta em banco”, portanto, não é atingido pelo confisco.

Os fatos, porém, invalidam a argumentação: primeiro, embora a CPMF tenha o apelido de “imposto do cheque”, ela não penaliza os brasileiros exclusivamente em suas transações bancárias: como todo tributo, seu custo é transferido para a sociedade embutido em tudo o que se consome, do arroz-feijão até o pãozinho nosso de cada dia . Pior: o impacto no bolso do cidadão é maior para aqueles que ganham menos. Estudos mostram que uma família com renda mensal de R$ 1 mil tem de trabalhar sete dias por ano só para pagar a CPMF. Quanto ao argumento de que a União não pode prescindir dos recursos gerados pela CPMF, um levantamento dos dados da Receita Federal demonstra que mesmo que a CPMF tivesse acabado no último dia do ano passado, a arrecadação tributária da União no primeiro semestre deste ano teria crescido em termos reais R$ 2,8 bilhões em comparação a igual período do ano passado.

O que não parece passar pela cabeça do governo federal é a possibilidade de mexer no outro lado da equação receita-despesa. Defendendo não apenas a manutenção da CPMF até 2011, mas também rechaçando qualquer possibilidade de dividir sua arrecadação com Estados e Municípios, Lula se esquece de que dificilmente o trabalhador consegue aumentar sua receita. O que faz a dona de casa, simplesmente usando de bom-senso, é apertar o cinto e diminuir as despesas. Uma solução simples e não simplista como sugere o comportamento do governo, achando que pode continuar aumentando a tributação. A carga tributária , que no ano passado chegava a 34,5% do PIB , neste ano vai para 36%. Nos EUA, a participação é de 26,8%, nos países do G-7 é de 34,7% e no México, de 19%.

Na ânsia de aprovar a prorrogação da CPMF, o que se vê são atitudes cujo resultado será mais um brutal aumento nos gastos públicos. Um troca-troca que prevê uma farta distribuição de recursos para emendas parlamentares, anistia para desvios que vão desde a infidelidade partidária até outros comprometimentos bem mais sérios, além da tentativa de um novo trem da alegria , que ameaça dar estabilidade a 260 mil servidores não-concursados a um custo de R$ 20 bilhões anuais.

É por tudo isso que criamos a Frente Parlamentar Contra CPMF e Pela Diminuição da Carga Tributária ( http://www.contracpmf.com.br ). Uma iniciativa suprapartidária que pretende pressionar a Câmara e o Senado a acabarem com uma contribuição injusta.

João Caramez é deputado estadual e coordenador da Frente Parlamentar contra a CPMF e pela Redução da Carga Tributária

Fonte: Diário do Comércio

Data da Notícia: 28/08/2007 00:00:00

Gostou do notícia? Compartilhe em suas redes sociais

iplwin

iplwin login

iplwin app

ipl win

depo 25 bonus

slot deposit pulsa

1win login

indibet login

bc game download

10cric login

fun88 login

rummy joy app

rummy mate app

yono rummy app

rummy star app

rummy best app

iplwin login

iplwin login

dafabet app

https://rs7ludo.com/

dafabet