A derrubada da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) a partir de 2008 pode levar investidores a adiar para janeiro novas aplicações. Segundo especialistas, em alguns casos, pode valer a pena esperar. Os fundos DI, por exemplo, que acompanham a taxa básica de juros, tiveram rentabilidade de 0,84% em novembro. Com essa variação, uma aplicação hoje num fundo DI, por exemplo, levará uma mordida de 0,38% da CPMF e acumulará ganho de 0,41% em dezembro — uma diferença de 0,03%. No entanto, se a aplicação for feita amanhã, a rentabilidade será de 0,377%, inferior à CPMF. Aí pode valer a pena esperar até janeiro, diz Ricardo Rochman, professor de Finanças da FGV-SP. Em investimentos com expectativas de ganhos maiores a curto prazo, essa conta não vale. A CPMF não incide sobre ações. Já na poupança, a rentabilidade tem sido próxima a 0,58% ao mês, mas só é dada no vencimento, não diariamente, como nos fundos. Ou seja, o investidor terá ganho em janeiro apenas se aplicar em dezembro. Quando a diferença é pequena, para se livrar da expectativa até janeiro, a pessoa pode preferir aplicar logo, recomenda o consultor Erasmo Vieira. “O perigo no fim de ano é o poupador gastar”, diz.