As empresas que cearenses que apostam no desenvolvimento ou aperfeiçoamento de novos produtos ou processos industriais não estão usufruindo como poderiam dos incentivos fiscais e tributários que o governo federal oferece para tais atividades. A informação é do consultor da De Rosa Siqueira Consultores, José Simões, que ministrou ontem, na sede do Sistema Fiec, uma palestra sobre o tema para o empresariado do Ceará.

De acordo com Simões, o número de empresas que aproveitam os benefícios é quase irrelevante. “Fiquei assustado com o último relatório sobre a participação do Nordeste nos programas de incentivo a inovação. Apenas 32 empresas participam, sendo somente quatro cearenses. É muito desperdício, tendo em vista que cerca de mil poderiam estar participando só no Ceará”, comenta o consultor.

Ainda de acordo com Simões, a falta de informação é um dos principais entraves para que as empresas do setor industrial cearense possam aumentar sua competitividade, produtividade e melhorar seus ganhos por meio de benefícios legais voltados à inovação tecnológica. “Até 27% dos gastos com atividades de desenvolvimento de novos produtos ou processos industriais podem ser economizados, já que o governo concede abatimento no imposto de renda e contribuição social para as pessoas jurídicas que compravam tais atividades”, explica Simões.