Vendas em alta com IPI reduzido. E setores esperam prorrogação

No caso da linha branca, alta chegou a 20% em maio sobre igual período de 2008.


Quem fabrica e comercializa produtos da chamada linha branca – fogões, geladeiras e lavadoras de roupas – tem um mês para vender os produtos com redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Se for mantido o ritmo de vendas do último mês, as perspectivas são positivas.


De acordo com o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, as vendas cresceram 20% em maio na comparação com igual mês do ano passado. E ele disse que a expectativa para junho é de que o índice de expansão se repita.

“Nessa fase final do imposto reduzido, os consumidores devem continuar comprando, o que é positivo não apenas para nosso segmento, mas para toda a cadeia produtiva brasileira”, afirmou Kiçula. O governo federal decidiu diminuir o imposto com a intenção de incentivar o consumo e atenuar os efeitos da crise financeira no País.


O presidente da entidade disse acreditar na prorrogação da redução do imposto. “E, depois dessa prorrogação do IPI reduzido, o governo deverá adotar outro índice de imposto para o setor, mais baixo”, destacou. “Levando em consideração o critério da essencialidade, a máquina de lavar, por exemplo, poderá ter uma alíquota menor do tributo”, acrescentou Kiçula.


Atualmente, com o incentivo oferecido pelo governo, a alíquota de IPI das lavadoras de roupa caiu de 20% para 10%. Outros produtos também tiveram redução de imposto, casos de tanquinho (de 10% para zero), fogões (de 5% para zero) e geladeira (de 15% para 5%). “Não há razão para a máquina de lavar não ter o mesmo índice de imposto do fogão, já que ambos os produtos são essenciais. Aliás, outros itens, como batedeira e liquidificador, também deveriam entrar nesse contexto”, afirmou.


As vendas de itens da linha branca nas lojas do grupo Pão de Açúcar tiveram alta com a isenção do IPI. Em maio, houve aumento de 34% sobre igual mês de 2008. Já a comercialização de fogões aumentou 37% no mesmo período no grupo.
Construção – A exemplo do que ocorreu com a linha branca, as vendas de materiais de construção aumentaram com o imposto reduzido. Segundo o presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Claudio Conz, a redução média de 8,5% nos preços de 5% do total de produtos vendidos no setor fez com que as vendas nos cinco primeiros meses deste ano ficassem perto dos resultados de igual período de 2008.


“Em janeiro e fevereiro o movimento caiu 12% em relação ao primeiro bimestre do ano passado. Nos meses seguintes, no entanto, as vendas se recuperaram um pouco.” A expectativa, disse o presidente da Anamaco, é de que em junho, as vendas aumentem 8% em relação a igual mês de 2008. “Oficialmente, este é o último mês de redução do IPI. Mas tudo indica que haverá prorrogação. O projeto habitacional do governo ‘Minha Casa, Minha Vida’ vai começar e não tem sentido acabar com a redução do imposto”, afirmou.

Fonte: Diário do Comércio

Data da Notícia: 02/06/2009 00:00:00

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