Fraude na filantropia pode chegar a R$ 2 bi

Jornal do Commercio – RJ

Luciana Nunes Leal
Da Agência Estado

Documentos sigilosos da Operação Fariseu, da Polícia Federal, enviados à Justiça Federal e ao Ministério Público revelam um suposto esquema fraudulento de emissão de Certificados de Beneficência e Assistência Social (Cebas) que, desde 2004, teria lesado o Tesouro Nacional em pelo menos R$ 2 bilhões. A investigação aponta como líderes da suposta quadrilha ex-integrantes do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), ligado do Ministério do Desenvolvimento Social, e advogados de instituições que pretendiam ser declaradas como filantrópicas e, assim, obter isenção no pagamento de tributos à Previdência Social. Quando a operação foi deflagrada, em março passado, seis pessoas foram presas e agora já estão em liberdade.

Nos últimos dias, detalhes de escutas telefônicas feitas pela polícia, que revelam acertos para a emissão ilegal dos certificados, chegaram ao Judiciário.

Segundo a Polícia Federal, grampos de março de 2006 mostram a tentativa de um ex-conselheiro, Carlos Ajur, de obter um certificado em troca de R$ 100 mil reais. Segundo a PF, Ajur orientou uma mulher identificada como Marisa a transformar uma instituição – não citada pelos policiais – em empresa sem fins lucrativos. Segundo a PF, Ajur calcula que a empresa economizaria R$ 11 milhões com a isenção previdenciária.

O processo tramita em segredo de justiça na 12ª Vara Federal de Brasília. Segundo relatório da PF, os envolvidos no esquema cometeram crimes como corrupção ativa e passiva, fraude à licitação, malversação de verbas públicas, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e formação de quadrilha, entre outros.

Fonte: Unafisco Sindical

Data da Notícia: 15/07/2008 00:00:00

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