Redução de tributos fica para sucessor de Lula
Os números do Plano Plurianual de 2008-2011 mostram que o governo só planeja o início da redução da carga tributária em 2011
Os números do Plano Plurianual de 2008-2011, enviado ontem ao Congresso, mostram que o governo só planeja o início da redução da carga tributária em 2011, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tiver passado o cargo para seu sucessor. Entre 2008 e 2010, pelas estimativas da equipe econômica, o coquetel de impostos e contribuições apelidado de “receitas administradas” se manterá em torno de 16,4% e 16,2% do PIB, caindo para 15,7% em 2011.
As “administradas” são as receitas controladas pela Receita Federal, ao contrário de outras arrecadadas diretamente pelo Tesouro ou pelo INSS. No total, as receitas do governo federal devem chegar a 24,87% do PIB em 2008 – eram 21,1% em 2003, primeiro ano de Lula.
O foco nas “receitas administradas” existe porque são elas que reúnem os principais tributos classificados de carga tributária, como Imposto de Renda, IPI, PIS/Cofins e CPMF. Em 2007, pelas estimativas oficiais, essas receitas somarão 16,07% do PIB – 1,78 ponto porcentual a mais do que em 2003, mas 0,28 ponto porcentual a menos do que se espera em 2008.
O governo argumenta que essa elevação não se deve ao aumento das alíquotas dos impostos, mas ao combate à sonegação e ao lucro das empresas. No caso do IR das pessoas físicas, porém, a expansão também se explica pelo fato de a tabela de descontos não ter sido corrigida no ritmo da inflação ou da maioria dos aumentos salariais concedidos desde 2002.
Os números do Plano Plurianual de 2008-2011, enviado ontem ao Congresso, mostram que o governo só planeja o início da redução da carga tributária em 2011, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tiver passado o cargo para seu sucessor. Entre 2008 e 2010, pelas estimativas da equipe econômica, o coquetel de impostos e contribuições apelidado de “receitas administradas” se manterá em torno de 16,4% e 16,2% do PIB, caindo para 15,7% em 2011.
As “administradas” são as receitas controladas pela Receita Federal, ao contrário de outras arrecadadas diretamente pelo Tesouro ou pelo INSS. No total, as receitas do governo federal devem chegar a 24,87% do PIB em 2008 – eram 21,1% em 2003, primeiro ano de Lula.
O foco nas “receitas administradas” existe porque são elas que reúnem os principais tributos classificados de carga tributária, como Imposto de Renda, IPI, PIS/Cofins e CPMF. Em 2007, pelas estimativas oficiais, essas receitas somarão 16,07% do PIB – 1,78 ponto porcentual a mais do que em 2003, mas 0,28 ponto porcentual a menos do que se espera em 2008.
O governo argumenta que essa elevação não se deve ao aumento das alíquotas dos impostos, mas ao combate à sonegação e ao lucro das empresas. No caso do IR das pessoas físicas, porém, a expansão também se explica pelo fato de a tabela de descontos não ter sido corrigida no ritmo da inflação ou da maioria dos aumentos salariais concedidos desde 2002.