Renúncia fiscal: país deve abrir mão de R$ 442 bilhões em 2022

A Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara prevê que o governo federal abrirá mão de arrecadar R$ 442,3 bilhões em 2022 por meio de renúncia fiscal, valor equivalente a 4,6% do Produto Interno Bruto – a soma de bens e serviços produzidos pela economia em 1 ano. A maior parte dessa renúncia (84%) está ligada a tributos que o governo deixa de cobrar: R$ 371 bilhões. Esse volume representa alta de 5,7% frente ao ano passado, abaixo da inflação. Equivale a 20% da arrecadação no país. Ou seja, mesmo no vermelho, o Brasil deixa de receber dinheiro para ajudar um setor ou parcela da população. O Simples Nacional (R$ 81,8 bilhões) lidera o ranking dos dez maiores benefícios tributários de 2022. O regime de tributação simplificada auxilia pequenas empresas e microempreendedores. Em seguida, aparecem os benefícios à agropecuária e à agroindústria (R$ 47,5 bilhões). Depois, Zona Franca de Manaus e áreas de livre-comércio (R$ 45,6 bilhões). Redução de benefícios A equipe econômica de Bolsonaro, comandada pelo ministro Paulo Guedes (Economia), planeja diminuir o volume de subsídios. Para se ter uma ideia, com R$ 442 bilhões daria para investir 5 vezes mais no Auxílio Brasil, programa social substituto do Bolsa Família que dá vouchers de R$ 400 reais a 17,5 milhões de famílias. Uma das propostas em discussão sugere a redução ou corte total dos impostos sobre diesel, gasolina, etanol e gás de cozinha. Terá impacto fiscal de R$ 54 bilhões se aprovada. A outra, ainda mais ampla, concede também vale-diesel de R$ 1.200 para 750 mil caminhoneiros e vale-gás de 100% para famílias de baixa renda. Custaria R$ 100 bilhões. Agora, o ministro tenta conter os gastos e sugere apenas a redução linear dos benefícios.

Fonte: Poder 360

Data da Notícia: 11/02/2022 00:00:00

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